Linux Magazine dos EUA entrou em contato com Linus Torvalds para ver o que ele tinha a dizer a respeito, e ele não se fez de rogado, compartilhando diversas opiniões e informações, mas quanto aos questionamentos sobre as motivações da Microsoft, ele respondeu:
- Ele acredita na tecnologia acima da política, e está pouco interessado em de onde o código vem, desde que as razões para a inclusão dele sejam sólidas, e não precise se preocupar com licenciamento, etc.
- Até algum grau, ele estaria mais inclinado a aceitar a contribuição de um novo participante, e não menos, especialmente por ser um driver, que é muito mais fácil de incluir, devido à sua natureza.
- Ele faz piadas sobre a Microsoft de vez em quando, mas ao mesmo tempo acredita que o ódio contra a empresa é uma doença. Ele acredita em desenvolvimento aberto, e isso envolve não apenas abrir o código, mas também não deixar pessoas e empresas do lado de fora.
Quanto a essa questão dos efeitos de um posicionamento baseado no ódio a determinadas empresas ou pessoas, ele informou que vem tendo cada vez menos simpatia a grupos que baseiam seu ativismo em posicionamentos negativos contra ofertas que não se encaixam em seus modelos ou que aparentemente desejam associar o software livre à pirataria de software, à negação de sistemas econômicos, ou até mesmo a movimentos partidários.
Em tradução livre, ainda se referindo à questão do ódio:
- “Há ‘extremistas’ no mundo do software livre, mas esta é uma razão principal por que eu não chamo o que faço de ’software livre’ mais. Eu não quero ser associado às pessoas para quem isso está associado a exclusão e ódio”
Fonte: Linus Torvalds comenta os drivers GPLv2 da Microsoft para o kernel